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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

15- Debilitado? Talvez, porém vivo e útil!!






 Vida pós-acidente, em meu caso que teoricamente não houve nada de permanente como uma paralisia ou a perda de um membro, trata-se de uma a situação provisória que deve ser absorvida com paciência. Não é definitivo. Ponho-me agora no lugar daqueles que já não tem essa mesma esperança, deve ser muito difícil encarar esta barra, reconheço. Precisa um preparo emocional e racional muito grande. Coseguir principalmente fazer uma troca, o mais satisfatória possível, de uma vida por outra que possa ser suportável. E prazerosa!! Por que não? Sem satisfação ninguém vive! É isso: o antes e o depois. São duas etapas de uma vida, separadas por uma porta chamada de “acidente”.
Nova vida, não de uma inferior para uma melhor, mas para uma assustadora e repleta de desafios e necessidades de bravura e superação. Quem em perfeitas condições pode se imaginar um dia tendo de ser carregado no colo por alguém, ainda que por um breve momento, de uma cama para uma cadeira, ou para um carro, sei lá? Ou tendo de ser auxiliado em uma situação tão íntima como o banho, entre outras que possam nos constranger ao ser “assistido” por um outro alguém. Essa nova vida então passa a ser, entre outras coisas isso, a perda da privacidade...



Mas o que esperar de uma vida pós-acidente? Bom, creio que acima de tudo está a necessidade em se ter  motivação para continuar vivendo. Peraí, eu falei vida não? Se é vida já existe um fator motivador, vida! Presença, sensações, esperança! É um começo: não morremos, estamos ali para quem nos ama e quem precisa de nós! Ainda que dando certo trabalho, ainda que com certos constrangimentos, mas estamos aqui, vivos! E quem disse que ainda não podemos ser úteis? Ou que não podemos sonar ou realizar coisas?
Creio que para isso, devemos, acima de tudo,  não nos entregarmos a sentir pena de nós mesmos, nem a  excessivos sentimentos de culpa e auto-comiseração, (o que reconheço que nem sempre é fácil) que podemos achar muitas maneiras de nos sentirmos vivos e úteis.
A “fé” de que ainda podemos realizar algo, fazer a diferença de maneira positiva pra alguém de algum modo. Meu lema: útil e vivo, vivo e útil.  Podemos ser produtivos ainda! E por que não? É isso que motiva: o amor, o carinho pelos próximos e a incrível necessidade de ainda ser útil, com o que estiver à mão... É só procurar que encontramos...
Não sentir-se mais então como um fardo, mas um ser livre, livre e comprometido ao mesmo tempo com sua dignidade e seu amor próprio e pelos demais... Amor pela vida!


2 comentários:

  1. entendo perfeitamente o q estamos passando ou o q ja passamos bom e tento me manter minha mente forte segunda, dia 07/02/2011 descobri q a haste do meu femur quebrou estou sentindo muita dor, e infelizmente o brasil para no carnaval e depois de 2 anos de acidente agora estou com medo de ter q fazer uma terceira cirurgia e nao consigo falar com meu medico, por enquanto o outro medico da emergia so me disse nao apoie a perna, e depois de tanto tempo voltei com meu amigo andador desejo recuperacao a voce e tente manter a mente limpa as vezes e dificil precisamos de muita forca de vontade mas, eu acho q o acidente foi a melhor coisa q me aconteceu enxerguei coisas q passava despercebido boa sorte pra ti

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  2. Cara amiga, força!Este momento que antecede ter de "refazer" uma cirurga é bem traumatizante, mas se você conseguir encarar de uma forma positiva (parece que você já está conseguindo isso, eu a admiro por isso!)as coisas transcorrem de uma forma menos traumatizante, é como uma picada de agulha, quando você vai ver já foi!! Deus sempre permite as coisas para nosso bem. Cabe à nós às vezes descobrir seus intentos para conosco. Se você leu meus depoimentos, vai ver que já passei por isso diversas vezes. Mes estou bem agora. É, mais ou menos. De muletas, humpf!!He, he.Obrigado por compartilhar suas experiências e enriquecer meu blog, que alías é NOSSO.Podermos nos ajudar, com apoio, ideias e sentimentos.Felicidades Gabi! E fique firme!

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