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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

21 - A volta dos que não foram


V

oltei! Após responder ao comentário de nossa colega Letícia deu vontade de atualizar meu blog. Bem, primeiramente quero esclarecer que ainda estou afastado do meu trabalho (que aliás já nem existe mais, volto na empresa, se e quando, apenas para pedir a conta) e com problemas decorrentes da fratura, mais precisamente, diafisária do femur direito.
A fratura colou, mas agora estou com uma interminável secreção na região onde está a placa com parafusos, que parece que boa parte da “água” que bebo sai por ali.
São “precisos” dois furinhos bem em cima da placa, que vazam dia e noite. Haja gaze e esparadrapo! Às vezes compro, outrora ganho no posto. Terei de fazer outra cirurgia pra retirar o material, como não quis pagar (já paguei a anterior), entrei em uma fila de espera que já fez até aniversário: um aninho!
Faço musculação, tento fazer de tudo, andar (não guento muito, dói tudo), menos correr é claro. Devido a musculação, fiquei muito grande na parte do tronco (tenho propensão a crescer, legal!), mas penso se este peso não vai me dificultar ainda mais a vida, pois meu joelho está um tanto quanto que torto, assim como minha perna toda, pra não falar que está 4,3 cm menor que a outra… Por isso o esforço para não mancar quase e dar vexame é supremo. Sou muito vaidoso!!! Ahh, já ia esquecendo, fui promovido de 125cc para 250 cc, troquei de moto: agora tenho uma fazer. Mas todo cuidado é pouco, he he.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

20 – Parece que a pseudoartrose resolveu me dar um tempo…

O
lá amigos que seguem este blog, ou que apenas o visitam, sinto que tenho andado em falta com este blog, por isso resolvi deixar aqui mais algumas linhas que relatam como está minha luta com meu pior inimigo, a pseudoartrose.
Bem, pra começar quero dizer que contrariando pedidos eu não mudei de médico, e nem deixei de seguir suas orientações, ainda que às vezes pareciam meio desinteressadas. Na verdade sigo à risca o que ele me diz, mas à minha maneira, como já postei aqui anteriormente, tento cercar o problema com tudo que posso. Primeiramente com muita informação sobre o assunto, aqui na web mesmo. Depois procurei me alimentar o mais carregado que pude e “meu corpo pedia” de tudo aquilo mais essencial para a cicatrização óssea e contra alguma possível infecção óssea. Até o Sol entra como grande coadjuvante, embora que atualmente está muito perigoso, tem de ser só em certos horários e com protetor solar, sem isso nunca!
Pois é gente, acho que estou vencendo. Em meu último raio-x não havia mais sinal de pseudoartrose! Meu médico ficou muito satisfeito, quase me deu alta!
Uma coisa que também não posso deixar de mencionar: depois de minha última cirurgia, 7 de novembro de 2.010, não fiz mais nenhuma fisioterapia. À princípio apenas os exercícios que eu já sabia e andar! De muletas, depois só com uma, e atualmente de bengala, que nem um véinho, he he!
Só tem uma coisa: assim que vi que a fenda no osso estava fechando, embora a cicatrização ocorria mais na lateral do osso do que na fenda propriamente dita, fui pra academia de musculação, e com ajuda de um bom professor de educação física, comecei devagarzinho a usar os aparelhos que tem lá pras pernas. Fortalecimento, ativação de músculos e tecidos, moderado impacto, tudo ajuda a consolidação e afasta a pseudoartrose! E não é que está dando certo!
Estou agora trabalhando sobre minha marcha agora. Este orientador que tenho, se bem que não pago ele, só a mensalidade da academia mesmo, me dá umas coordenadas, e tento melhorar minha marcha, o mais próximo do natural que posso, apesar de meu fêmur, provavelmente ter ficado mais curto, o que infalivelmente me gera um descompasso na minha marcha, e dor… Sinto muita dor do outro lado, na bacia, onde acabo sobrecarregando com maior parte de meu peso (87kg) pois é tendencia natural de quem manca, por falta de confiança, etc, na perna quebrada, sobrecarregar a outra.

Em minha última consulta com o ortopedista ele me disse: está muito bom a consolidação! Agora você deve se tornar um andarilho! Ande bastante, com uma bengala, que isso irá garantir melhora na marcha e a conclusão da consolidação. Parece um sonho que se realiza poder andar de novo, ainda que meio claudicante, mas livre daquele medo terrível que eu tinha de que minha perna entortasse… Terrível, entorta e quebra.
Mas é isso amigos, academia e caminhadas, o que mais tenho me dedicado e que mais tem me ajudado a melhorar. De brinde estou perdendo a pança que acumulei nos dias de imobilidade.
Espero poder ser útil com minhas postagens, desejo a todos melhoras e confiança, nunca desistir, fazer tudo o que pode, eis o que nos mantém, sabermos que estamos fazendo tudo certo e mais além se possível. Felicidades a todos!


terça-feira, 26 de abril de 2011

19 - UM AMIGO DE CAMINHADA....

Uma das grandes vantagens trazidas pelo advento da internet está na troca de informações e experiências vividas por alguém, que ao transmitir na web ajuda muitos outros alguéns. Você pode até receber apoio emocional pela internet! Uma palavra amiga, uma luz, uma esperança. Uma utilidade formidável não? Pois é, isso é uma coisa que tenho desfrutado aqui. Por meio deste blog, este que vos fala ou melhor dizendo, escreve, tem recebido mensagens de pessoas que compartilham experências e trazem preciosas informações sobre problemas advindos do pós-acidente, tão úteis e desejadas em um momento tão carente disso. É excelente!
Recentemente tenho me comunicado com um “companheiro de batalha”, posso assim dizer,  que me ajudou muito. Com a sua permissão irei postar aqui as informções que trocamos sobre pseudoartrose, cirurgias refeitas em virtude dela, a abordagem, procedimentos e orientações médicas. Seu nome é Lauro. Sofreu um acidente automobilístico e está às voltas, assim como eu, com problemas de cicatrização óssea pós truma.

Olá Lauro,
Quero lhe convidar, após sua cirurgia a acessar o blog e contar-nos como foi a cirurgia, qual a opção que os médicos fizeram, se placa e parafusos ou haste intramedular, se você tem dores ou não, enfim, o que você quiser nos contar estamos prontos a ler e trocar ideias e informações, que tenho certeza nos ajuda e muito a passar por tais momentos. Eu agora estou em fase de recuperação dos moviemtos e musculatura, andano só com uma muleta, mas estou tendo problemas com secreção  que não para nunca na região da cirurgia, estou tendo que me tratar com antibioticos de novo (tá foda) e uma dor chata na pelvis onde tiraram enxerto pra preencher o local da fratura devido à pseudoartrose. mas tamos aí! O importante é não desanimar e fazer o que tiver de ser feito direito, inclusive na parte de alimentação e suplementos. Um abraço, amigo.

Oi Aroldo!
Obrigado pelo retorno! Estou agora naquela apreensão aguardando a cirurgia, mas com pensamento positivo sempre!
Me diga uma coisa: as suas cirurgias anteriores, todas foram com placa? Houve alguma razão específica para não tentarem haste?
Seu médico deu algum "prazo" para que o seu osso cole antes de tentar algum outro tratamento?
Imagino que seja pelo tipo da sua fratura, mais próxima da cabeça do fêmur, né? Pergunto porque a haste tem uma grande vantagem em relação a placa que é o fato de você poder pisar logo, e segundo o que o meu médico fala, a pisada estimula a consolidação.
Puxa, que saco essa sua secreção hein? Espero que os antibioticos façam efeito rapidinho.
Seu médico chegou a cogitar aquele fixador externo? O meu, se por acaso não colar com esta nova cirurgia (espero que cole), provavelmente meu médico irá partir pro fixador externo. Dizem que é o mais eficaz, mas é extremamente incômodo.
Você fez enxerto? Eu já havia ouvido falar que era extremamente dolorido. Felizmente o meu médico vai tentar uma técnica mais avançada, utilizando um indutor de crescimento ósseo chamado BMP2, que se assemelha a técnica de plasma rico em plaquetas. Ele evita a necessidade de ter que cortar um pedaço de outro osso e dizem ser mais eficiente. O grande problema dele é que é extremamente caro (cerca de 50 mil!!!). A minha sorte é que tenho um excelente plano de saúde, que cobrirá este material.
Um outro tratamento que tentei foi a terapia por ondas de choque. Infelizmente eu fiz há um mês e o resultado é esperado em 2 meses. Como minha haste quebrou, não tenho como dizer se ajudou ou não.
E na parte de suplementação, tentei o carbonato de cálcio e dolomita, mas comecei há pouco tempo também, então não tive como avaliar o resultado.
Aqui tem umas fotos da minha fratura pra você ter uma noção (https://picasaweb.google.com/laurosn/RX#) .


Ô amigo Lauro,
Puxa fiquei impressionado com seu raio x, não é fácil, né… Mas sua haste, pelo que deu pra ver não chegou a se romper, não dava pra deixar assim e continuar o trat. com choque esperar pra ver se não precisava de nova cirurgia, se consolidava? Claro, teria de te imobilizar, mas melhor que cirurgia né? Enfim, "eles" que sabem, fazer o quê. Meu caso posso dizer que pelo tempo que faz (2 anos e 2meses), está mais critico, já é minha terceira placa com parafusos, e não, nunca cogitaram de tentar haste ou fix. externo, não sei a razão. Tive duas fraturas no femur. Uma próxima à cabeça do femur, esta consolidou bem, a outra no meio do femur, é esta que está dando problema.
Uma vez tentei contrariar meu medico (um japonês que todos dizem ser um dos melhores neste Estado atrasado do Paraná, sou de SP) com relação à pesudoartrose, eu disse a ele que não era pois eu nunca bebi, fumei, tive diabetes ou obesidade para ter isso (se você ler um artigo médico sobre pseudoartrose, são estes os motivos apontados), e que eu achava que não colava devido a um desalinhamento no osso, ele não gostou nada e tive de "enfiar a vila no saco" e ir embora cheio de duvidas e perturbações, ele afrmou que é sim peseudoartrose.Mas outro detalhe, é que tem casos que demora mais mas cola, não é caso de já sair dizendo que "é" pseudo.., é outra coisa que se lê nos artigos médicos sobre o assunto.Ou seja, este diagnostico pode ser errôneo. quanto ao enxerto, tirei da pélvis de um lado da bacia na segunda cirurgia e do outro lado na terceira. Duas vezes e cortes e dores.
Nunca me deram prazo nem explicações do por quê.Apenas dizem que é reação de meu organismo, não há explicação ou que fazer.
Agora voltei a andar de bicleta que amo, andar só com uma muleta (moto minha esposa briga, mas to loco de vontade de andar de novo). Voltei pra musculação, só da  cintura pra cima mas tá bom, um pouco de endorfina que ninguem é de ferro (hormonio liberado pelo organismo na hora do exercicio) e sentir-se vivo acima de tudo. É foda sentir-se um parasita de residencia.Estressa.
Fico feliz por você não precisar tirar enxerto. Não que seja nada demais, se acaso precisar não se desespere, só não pode tossir depois do corte que dói pra car... Mas de resto sem problemas. Pra mim tá dando uma dor perto de onde foi tirado o residuo ósseo para enxerto por que eu forço ali pra andar, pois é do lado da perna boa que a gente força mais pra andar, dai ta sensível e sempre forçando, mas não acho que seja por que tirou material de lá. Conforme eu começo a andar mais certo, dói menos, então é da má postura mesmo.
Só uma pergunta: este tratamento de choque que você falou, é com o phisio-stim? Não é de onda eletromagnética? Me ligaram aqui e disseram que funciona, mas custa 6.000,00, daí não deu pra mim. Eles disseram que é próprio para pseudoartrose (tem certeza que vc tem isso? parece que faz 8 meses que vc fez a cirurgia, parece ser pouco tempo pra dizer...).
Nossa, este e-mail tá enorme já, desculpe se escrevi demais, acho que me empolguei!
Um abraço amigo, força!!!


Caro amigo Lauro,
 Nem imagina como está sendo bom pra mim poder trocar ideia com você. Principalmente por você ser esclarecido sobre o assunto e ter experiência e conhecimento de causa. É confortante
ter confirmação de certos procedimentos. Tem certas coisas que é importante se saber bem. Deitar no travesseio sem ficar pensando um monte de bobagens. Tudo o que você escreveu sobre a pseudoartrose, os procedimentos, a abordagem de seu médico, “bate” com o que tenho lido a respeito e até mesmo ouvido de meu médico, que eu ainda não tive a oportunidade, de assim como você, poder ter uma segunda opinião e tirar a “prova”.

Mas deu pra ver que você está bem amparado e recebendo o tratamento certo, sua recuperação total e satisfatória parece ser eminente. Logo ficará para trás, e será mais uma experiencia de vida para por no arquivo, pode crer.
Eu só queria lhe pedir um favor, se puder, que você copie e cole esta menssagem que você me enviou no espaço do blog para “comentários”, ou então me autorize a postá-la como sua experiencia, eu faria menção de você e colocaria junto, o que você preferir, pois tenho o propósito, por isso a criação do blog, de poder trazer mais luz sobre o assunto, para que  outras pessoas que passam por coisa semelhante possam encontrar algum alívio, informação, e tudo o mais. Pode ser?

Se você pesquisou sobre a pseudoartrose na web,  já deve assim como eu ter percebido que há bem pouca matéria sobre o assunto. A gente fica meio que boiando às vezes. Só de você não saber a causa exata (e nem o médico para poder te dizer), se por fatores biológicos ou mecânicos, como você citou, já é um saco! O que devo exatamente fazer, ou melhor, o que eu posso e devo fazer para evitá-la e para que pare e deixe o osso cicatrizar como deve ser. Eu tive “diversas” fraturas no meu acidente. Só a diafisária do femur que não colou, por quê? a cabeça do femur, o trocânter, foi decepado, mas colou! Ninguém sabe dizer.
Mas meu médico disse na última consulta: “É, uma hora esse osso vai ter de colar!”. E o fator estimulação por movimentos, assim como você mencionou, é orientação dele também.”Começar a por mais carga sobre a perna para estimular a formação do calo ósseo”...  Calo ósseo??...  Calo ósseo é um sonho!!!
Se fosse natal ou meu aniversário e alguem me perguntasse: O que você quer ganhar de presente? Eu responderia bem rapidinho: “Um belo calo ósseo!!”
 Lauro, satisfação receber seu e-mail, tamos juntos! abraço!


Aroldo,
que bom que as minhas informações de alguma forma foram úteis a você.
Caso queira detalhes de mais alguma coisa, se eu souber ou tiver ouvido falar, responderei com prazer.
Mas gostaria de deixar claro que de forma alguma a minha opinião substitui a de um especialista.
Tudo que falei para você foi baseado no que li, ouvi e testei. Nada susbtitui um especialista.
Quanto a utilizar a mensagem, fique à vontade para utilizá-la, pode copiar e colar, mas gostaria que deixasse claro o que lhe falei anteriormente, são  explicações baseadas em coisas que escutei e pesquisei, como acredito que todo paciente curioso deva fazer.
Voltando a pseudoartrose, infelizmente nosso corpo é um mistério. O mesmo procedimento que não funcionou para mim, funciona para 90% das pessoas. Medicina não é uma ciência exata. Então, o que os médicos fazem? Apesar de utilizarem as técnicas consagradas, vão tentando criar o ambiente mais favorável para que o osso cole.
No início do ano já havia a indicação para eu fazer uma nova cirurgia. Meu médico alertou: "Seu osso pode colar? Pode! É difícil? Sem o estimulo (o estimulo seria a nova cirurgia), sim! ". Ele sempre me deixou bem claro que na situação em que me encontrava, aconteceria umas das duas coisas caso eu não fizesse a cirurgia: ou o osso colava ou a haste quebrava..e infelizmente esta última ocorreu. Mas em momento algum ele falou que eu estava fazendo besteira tentando mais um pouco antes de fazer outra cirurgia.
Outro aspecto que  é importante falar é o sobre  o que você falou .”Começar a por mais carga sobre a perna para estimular a formação do calo ósseo”. Isso é verdade, mas ao mesmo tempo é uma faca de dois gumes: seu osso precisa de estímulo para calcificar, mas o estímulo ao mesmo tempo força o material (no seu caso a placa e no meu caso a haste), podendo levar a ruptura, como ocorreu comigo. Então ficamos num dilema, pois ao mesmo tempo temos que forçar para estimular e por outro temos que ter  cautela para não levar o material ao estresse.
Bom , é isso. Qualquer coisa, fique à vontade para me escrever.
Pensamento positivo que uma hora o tão sonhado calo ósseo chega!!
Um abraço.

Mas é isso amigos. Vamos trocar ideia, divulgar o que estamos passando, compartilhar oque pode ser proveitado por outros. Juntem-se a nós! Deixem seus cometários abaixo, seja um seguidor do blog, fale-nos a respeito de você. Conte-nos sua experiência. Estamos ávidos para ler! Boa sorte a todos!

sábado, 16 de abril de 2011

18- Uma luz no fundo do túnel!






 uero hoje compartilhar com vocês que ontem, 15 de abril de 2.011 o meu ortopedista que realizou as três cirurgias de fêmur em mim e me acompanha desde então, me disse que já posso começar andar com apenas Uma muleta!!! Iupi!!!! Que posso andar de bicicleta! Ebaaaa!
Na verdade meu raio-x não tá lá aquelas coisas não, mas ele acha que está indo bem, apesar de tudo, pois o fantasma da peseudoartrose ainda me ronda (quem não leu por favor, leia o capitulo que falo da peseudoartrose que deu no meu fêmur). Mas o Dr. Paulo Kume disse: ”É… Uma hora terá de soldar esta fratura!” O que ele quis dizer é que não colou ainda, dá pra ver que a fratura ainda tá bem nítida, mas que eu devo começar a exigir mais da perna, me movimentar mais com mais carga sobre ela, para que isso leve meu organismo a reagir, e quem sabe um dia o tão sonhado calo ósseo definitivo surja para fixar minha perna de uma vez por todas!
Por isso hoje estou muito feliz, depois de 5 meses de resguardo pude voltar, hoje mesmo por que não, a fazer coisas que adoro, como andar de bicicleta e fazer musculação…Eu disse musculação? Com a perna quebrada? Calma…
Só me exercito da cintura pra cima! Meus músculos andavam meio caidos, pra não falar da pança que ganhei de brinde com esta brincadeira toda. Passei a tomar um chá pra controlar isso, um tal de 30 ervas, vocês conhecem? Faz um litro e vai tomando durante todo o dia. Espero que funcione, engordei 5 quilos em 5 meses!
Ah, outra coisa que vou passar a beber também é um produto à base de aloe vera, de uma empresa chamada Forever. O produto chama-se Freedom, e atua em articulações e juntas. Espero que me ajude também, além do cálcio em forma de dolomita e o cloreto de magnésio que já ingiro diariamente.
É isso, a gente tem de apelar pra tudo que é santo como diz o ditado. Tudo é válido quando se tem o ardente desejo de ficar bom, voltar a ter a tão sonhada vida normal. Mas é isso meus amigos, ficamos por aqui! E Please…Comentem!


quarta-feira, 9 de março de 2011

17 - Os 4 Ds do SUS


I
nfelizmente eu posso dizer que me sinto vítima disso e acho que é verdade: quem opta pelo SUS para receber atendimento médico, no meu caso em cirurgia e acomapnhamento mais apurado por tratar-se de um caso mais sério que inspira cuidados, corre sério risco de ser atendido de forma medíocre, ou até mesmo pouco profissional. Ética então nem se fala…
Triste que este país seja assim. Que esteja assim o sistema que mais atende pessoas no Brasil e que é responsável em reabilitar a saúde das pessoas. Reabilitar pessoas, mão-de-obra, quem de fato mantém este país funcionando. “O senhor tem plano de saúde? Não? Ah, então terá de aguardar…” E muito… Pois é: SUS não é plano de saúde para eles. Mas agente paga e paga bem. É descontado 11% de meu salário mensalmente. Até do 13º. Boa parte vai para pagar este meu “não-plano-de-saúde”. E não é pouco não… Quem trabalha de carteira assinada sabe. É a vida inteira pagando. É muita grana, para então quando você finalmente precisa, escuta isso: “O senhor tem plano de saúde? Não?? Ahh…
Desdém. Discaso. Despreso. Despreparo. Eu chamo de os 4 Ds do SUS. Não é em todos os casos. Claro, há muitas excessões. Mas a probabilidade de você um dia se deparar com estes Ds por aí no sistema único de saúde é grande.
Pois é, de tanto perecer em filas e me sentir mal atendido, resolvi começar a pagar. Até cirurgia paguei. Mas eu já não tinha pago no meu contra-cheque? É a cultura brasileira. Não importa: SUS, é sinônimo de indigente. E o que é pior: para muita gente…
Me contem, deixem aqui suas experiências de vida. Este espaço é nosso!!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

16 - Minhas amigas muletas, Humpf!!!

A 




 Vida do “muletante” não é fácil. Aonde vai tem de carregá-las. Elas parecem ter vida própria não param em lugar algum, estão sempre caindo!!  A gente se sente estranho com elas. Eu não me acostumo nunca. Às vezes vejo alguém correndo, saltando, me dá uma inveja, uma saudade de meus tempos de pessoa normal. Mas que fazer, o jeito é se acostumar e tocar a vida. Ontem, dia 13 de fevereiro fiz aniversário de acidente: 2 anos!! Neste tempo já fui submetido a 5 cirurgias, 3 no fêmur direito e duas no braço esquerdo. Sessões de fisioterapia perdi a conta de quantas foram. Inumeráveis eu diria. Atualmente não faço mais. Não com acompanhamento, mas por conta faço sim. O médico me liberou “de novo” pra começar a por o pé no chão liberando um pouco de carga sobre a perna, então comecei a andar todo dia um pouco. Eu e minhas muletas...
Pessoal, participem do meu blog!!! Deem sugestões, deixem seu comentários, contem suas experiências. Teve um acidente, conhece alguém próximo que teve, quer contar? Este é o lugar!! Nos conte tudo!!!!


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

15- Debilitado? Talvez, porém vivo e útil!!






 Vida pós-acidente, em meu caso que teoricamente não houve nada de permanente como uma paralisia ou a perda de um membro, trata-se de uma a situação provisória que deve ser absorvida com paciência. Não é definitivo. Ponho-me agora no lugar daqueles que já não tem essa mesma esperança, deve ser muito difícil encarar esta barra, reconheço. Precisa um preparo emocional e racional muito grande. Coseguir principalmente fazer uma troca, o mais satisfatória possível, de uma vida por outra que possa ser suportável. E prazerosa!! Por que não? Sem satisfação ninguém vive! É isso: o antes e o depois. São duas etapas de uma vida, separadas por uma porta chamada de “acidente”.
Nova vida, não de uma inferior para uma melhor, mas para uma assustadora e repleta de desafios e necessidades de bravura e superação. Quem em perfeitas condições pode se imaginar um dia tendo de ser carregado no colo por alguém, ainda que por um breve momento, de uma cama para uma cadeira, ou para um carro, sei lá? Ou tendo de ser auxiliado em uma situação tão íntima como o banho, entre outras que possam nos constranger ao ser “assistido” por um outro alguém. Essa nova vida então passa a ser, entre outras coisas isso, a perda da privacidade...



Mas o que esperar de uma vida pós-acidente? Bom, creio que acima de tudo está a necessidade em se ter  motivação para continuar vivendo. Peraí, eu falei vida não? Se é vida já existe um fator motivador, vida! Presença, sensações, esperança! É um começo: não morremos, estamos ali para quem nos ama e quem precisa de nós! Ainda que dando certo trabalho, ainda que com certos constrangimentos, mas estamos aqui, vivos! E quem disse que ainda não podemos ser úteis? Ou que não podemos sonar ou realizar coisas?
Creio que para isso, devemos, acima de tudo,  não nos entregarmos a sentir pena de nós mesmos, nem a  excessivos sentimentos de culpa e auto-comiseração, (o que reconheço que nem sempre é fácil) que podemos achar muitas maneiras de nos sentirmos vivos e úteis.
A “fé” de que ainda podemos realizar algo, fazer a diferença de maneira positiva pra alguém de algum modo. Meu lema: útil e vivo, vivo e útil.  Podemos ser produtivos ainda! E por que não? É isso que motiva: o amor, o carinho pelos próximos e a incrível necessidade de ainda ser útil, com o que estiver à mão... É só procurar que encontramos...
Não sentir-se mais então como um fardo, mas um ser livre, livre e comprometido ao mesmo tempo com sua dignidade e seu amor próprio e pelos demais... Amor pela vida!